A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) promoveu nesta quarta-feira (12) a aula inaugural do curso de cartonagem para reeducandas do Presídio Santa Luzia. A ação, que faz parte do Programa Mulheres Mil, é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
Nesta primeira etapa, 35 mulheres serão beneficiadas. A responsável pelas aulas é a psicóloga e professora de artes Dilma Ciriaco.
“Objetivo é que elas produzam peças que elas possam usar e comercializar, como acessórios femininos e peças decorativas. E 80% do material é reciclável, como caixas de leite, papelão e outros”, afirma a professora.
Oportunidade- Presente à solenidade, o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, falou da importância de cursos como este para o processo de ressocialização.
“A Secretaria de Educação trabalha para oferecer a vocês as oportunidades que, por algum motivo, vocês não tiveram lá fora, seja levando a Educação de Jovens e Adultos, o Programa Brasil Alfabetizado ou cursos como este. Nossa intenção é que possamos ofertar ainda mais cursos, pois há um potencial enorme e sabemos que mais pessoas vão querer participar dessas ações”, frisa Luciano.
O secretário da Ressocialização e Inclusão Social, tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas, fez questão de enaltecer o empenho do Governo para quebrar paradigmas e promover a reintegração social por meio da geração de trabalho e emprego.
“Vertentes educacionais estão sendo criadas por meio da parceria firmada entre a Ressocialização e Educação. Essas oportunidades são abraçadas pelas Internas que constroem um futuro digno através do conhecimento e trabalho no cárcere. Agradeço ao Governador que dá um exemplo de cidadania, sendo presente nas ações do sistema prisional”, salienta o secretário.
Na ocasião, ele anunciou ainda que, no dia 20 de abril, será lançado o projeto Lêberdade, que assegura a remição da pena através da leitura.
Mudança de vida – A reeducanda Mickaele Barbosa emocionou o público presente falando sobre como as oportunidades que teve no sistema prisional transformaram a sua vida.
“Estou aqui há quatro anos e cinco meses e hoje posso dizer que sou uma pessoa completamente diferente de quem eu era quando entrei. Graças às oportunidades que tive aqui, aprendi muita coisa, como corte e costura, com a qual poderei trabalhar quando sair daqui”, declara
Mulheres Mil – No estado, cerca de 2,5 mil mulheres em situação de vulnerabilidade social serão beneficiadas pela iniciativa, que oferta cursos profissionalizantes.
As formações das alunas têm início em abril e vão até agosto, ocorrendo em 13 polos. O programa tem como objetivo garantir o acesso à educação profissional e elevação da escolaridade das contempladas
Com Agencia Alagoas
Fotos: Jose Demétrio